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sexta-feira, 29 novembro, 2024
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Guerra no Planalto: Presidente Lula blinda Padilha contra ataques de Arthur Lira

Por Marina B.

Sob a proteção do presidente Lula, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pode agravar ainda mais a já complexa relação com o Congresso Nacional, especialmente com a Câmara dos Deputados. Isso vem à tona depois de insinuações sobre um possível enfraquecimento de Arthur Lira (PP-AL), o que provocou a ira do presidente da Casa. Esse embate ocorre em um momento em que o governo busca apoio parlamentar para manter vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na semana passada, Lira abandonou sua postura moderada e criticou abertamente Padilha, chamando-o de “desafeto pessoal” e “incompetente”. Lira acusou o ministro de vazar declarações à imprensa sobre seu enfraquecimento, após a votação que manteve a prisão de Chiquinho Brazão, acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Essa votação gerou tensão, já que houve uma tentativa de derrubar a prisão em reação às ordens do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora a prisão tenha sido mantida, a margem de votos foi estreita.

As ações de Lira contra Padilha podem tornar insustentável a permanência do ministro no cargo, gerando um custo político para o governo. Há rumores de que Lira teria solicitado a substituição de Padilha, levando Lula a transferir as negociações com o presidente da Câmara para o ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O Partido dos Trabalhadores expressou solidariedade a Padilha, enfatizando sua competência. Desde o início do mandato de Lula 3, o governo enfrenta dificuldades em negociar com o Congresso, o que se agravou com a falta de articulação política em questões como a desoneração da folha de pagamento e o corte de emendas parlamentares.

Analistas políticos afirmam que o governo é o principal prejudicado nessa disputa com Lira, já que precisa do apoio do presidente da Câmara para avançar sua agenda legislativa. Além disso, as tensões entre Executivo e Legislativo aumentaram com o veto parcial de Lula ao projeto que restringia as “saidinhas” dos presos.

A animosidade entre Lira e Padilha existe desde o início do governo Lula, e se intensificou em diversas votações importantes. Uma das principais fontes de conflito é o controle do Ministério da Saúde, cobiçado pelo Centrão, liderado por Lira. Apesar das críticas, Lula resistiu às pressões para substituir o ministro da Saúde.

À medida que as eleições municipais se aproximam, a disputa pelo controle dos recursos e cargos do governo se intensifica, aumentando a tensão entre Lira e Padilha. Embora seja cedo para prever o resultado, é provável que o candidato de Lira à sucessão na presidência da Câmara não seja prejudicado pela disputa com Padilha, dada a maioria do centro e da direita na Casa.

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