Onze dias se passaram e, até o momento, o governo mantém um constrangedor silêncio em relação ao filho de Lula, acusado de espancar sua ex-mulher. Nem o presidente, nem a primeira-dama, que tanto gosta de falar, nem mesmo as barulhentas deputadas do PT, ou a Comissão de “Defesa da Mulher” da Câmara, liderada pela deputada Ana Pimentel (PT-M), se pronunciaram. Um completo silêncio, inclusive dos repórteres, que evitam incomodar suas excelências com perguntas, mantendo assim o caso longe das manchetes.
É importante ressaltar que não há censura. A medida protetiva da Justiça proíbe que Luiz Cláudio se aproxime de sua ex-mulher, mas não impede que o assunto seja discutido ou noticiado.
Este é um verdadeiro reino da hipocrisia. Esta semana, Ana Pimentel recusou-se até mesmo a incluir na pauta da Comissão de “Defesa da Mulher” uma simples moção de repúdio à agressão.
Enquanto isso, resta a pergunta: quando ele irá depor? A mulher que denunciou as agressões já prestou seu depoimento. Agora, espera-se que o acusado não receba o tratamento de inimputável ao qual está acostumado.
A agressão é ignorada. O PT encontrou tempo para divulgar uma nota de apoio a Alexandre Padilha, chamado de incompetente por Arthur Lira. No entanto, ainda não emitiu sequer uma nota sobre o caçula de Lula, acusado de espancar sua ex-mulher.