Durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU no domingo, o Secretário-Geral António Guterres emitiu um alerta preocupante, destacando que a região do Oriente Médio está à beira de um confronto em larga escala após o recente ataque do Irã contra Israel no sábado, 13 de abril. Guterres enfatizou a urgência de neutralizar e reduzir a escalada da tensão na região.
No cerne da discussão está o ataque ao consulado do Irã em Damasco, onde Israel eliminou um importante comandante iraniano e outros membros da Guarda Revolucionária Iraniana no início deste mês.
Apesar dos apelos por uma desescalada durante a reunião do Conselho de Segurança, não houve consenso entre os membros, com aliados tanto de Israel quanto do Irã, como os EUA, França, Reino Unido, Rússia e China, divergindo sobre uma resolução para a crise.
Os EUA, representados pelo embaixador Robert Wood, afirmaram que suas ações visam a defesa e a desescalada, enquanto planejam medidas adicionais na ONU para responsabilizar o Irã. Por outro lado, a Rússia, representada pelo embaixador Vasili Nebenzya, acusou os EUA e aliados de hipocrisia por não condenarem o ataque ao complexo da embaixada do Irã na Síria e sugeriu sanções contra Israel por violar resoluções do Conselho.
Israel, através do embaixador Gilad Erdan, solicitou medidas severas contra o Irã, afirmando que se reservava o direito de retaliar diante do ataque. O Irã, representado pelo embaixador Amir Saeid Iravani, defendeu suas ações como autodefesa e advertiu que responderia proporcionalmente a qualquer ataque contra seus interesses.
A reunião evidenciou as profundas divisões e tensões na região do Oriente Médio, com a comunidade internacional buscando soluções para evitar um conflito em larga escala.