Rosângela da Silva, mais conhecida como Janja, esposa do presidente Lula (PT), se apresenta como uma articuladora. Desde a campanha eleitoral, ela expressou o desejo de redefinir o papel da primeira-dama, pois não se enquadra no estereótipo tradicional de ser apenas anfitriã em eventos de caridade e visitante de instituições filantrópicas. Segundo informações do Diário do Brasil e da Folha de S. Paulo, em uma reportagem da BBC sobre primeiras-damas, Janja afirma: “Minha função é a de articuladora, discutindo políticas públicas. Nós [Janja e o presidente] podemos estar em locais diferentes e nos dirigindo a diferentes públicos quando necessário”.
Ela menciona um incidente em que foi criticada por visitar o Rio Grande do Sul durante fortes chuvas que atingiram o estado. Os opositores argumentaram que, por não ocupar um cargo público, a primeira-dama estava ultrapassando seu papel. Janja enfatiza que Lula lhe concede total autonomia para suas ações e destaca que não há uma hierarquia entre ela e o presidente.
Ela acredita que tudo se resume a escolhas. “É sobre quebrar o molde ao qual as primeiras-damas são obrigadas a se adequar”, disse ela. “É sobre não ter esse molde. Ela pode fazer o que quiser.”