Jair Bolsonaro optou por assumir o papel de cabo eleitoral em tempo integral, intensificando suas viagens pelo Brasil com uma agenda movimentada. Com uma média de três a quatro estados visitados por semana, o objetivo é impulsionar as candidaturas de seus aliados nas próximas eleições municipais.
Na quinta-feira, 11, o ex-presidente desembarcou em Fortaleza para apoiar a pré-campanha do deputado federal André Fernandes (PL-CE) à prefeitura da cidade. O evento, realizado no Ginásio Paulo Sarasate, contou com a presença do senador Magno Malta (PL-ES) e do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Apesar do apoio a Fernandes, as pesquisas indicam que o ex-deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) lidera, com 33,3% das intenções de voto, seguido pelo atual prefeito, José Sarto (PDT), com 20,1%, e André Fernandes, com 12,1%.
Na sexta-feira, 12, Bolsonaro seguirá para João Pessoa, onde terá encontros com o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, também pré-candidato a prefeito pelo PL.
Na próxima semana, o ex-presidente retornará ao Mato Grosso, visitando Sinop, conhecido polo agropecuário e de cultivo de grãos. Bolsonaro esteve no estado no início desta semana, passando por Cuiabá, Diamantino e Campo Novo do Parecis, onde participou da Parecis SuperAgro, feira do setor.
Em 21 de abril, está previsto um grande evento na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, com a participação de Bolsonaro e aliados, para defender o estado democrático de direito e protestar contra o que consideram violações de prerrogativas do ex-presidente nos processos do Supremo Tribunal Federal (STF).
Três dias depois, Bolsonaro irá para Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde seu filho Jair Renan, conhecido como “zero quatro”, estreará na disputa por uma vaga na Câmara de Vereadores.
Nos dias 26 e 27, Bolsonaro estará em Aracaju, apoiando a vereadora Emília Corrêa, do PL, que é pré-candidata à prefeitura.
No final do mês, em 29 de abril, o ex-presidente participará da Agrishow, a principal feira agrícola do país, em Ribeirão Preto, São Paulo. Este ano, a cerimônia de abertura será antecipada e sem a presença de visitantes, uma mudança motivada para evitar constrangimentos, como ocorreu no ano anterior. Na ocasião, o ministro Carlos Fávaro (Agricultura) afirmou ter se sentido “desconvidado” para o evento que contaria com a presença de Bolsonaro.
