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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Guerra pelo Poder: Lula enfrenta batalha interna na Petrobras

Por Alexandre G.

Poucos líderes políticos têm tanta intimidade com a Petrobras quanto o ex-presidente Lula. Durante seu segundo mandato, entre 2007 e 2010, ele transformou a empresa em uma peça-chave de sua estratégia política. Seja para desgastar a oposição acusando-a de querer privatizar a companhia, ou para promover suas realizações, comparando a descoberta das reservas do pré-sal a um bilhete premiado para o desenvolvimento do Brasil. No entanto, durante o governo de Dilma Rousseff, Lula teve que enfrentar o outro lado da moeda quando a Operação Lava Jato revelou um esquema maciço de corrupção envolvendo contratos superfaturados da Petrobras. As investigações atingiram diversos partidos políticos, resultando na prisão de Lula e no impeachment de Dilma. Além de sua importância econômica, a Petrobras se tornou um campo de batalha político, capaz de influenciar o destino de governos e carreiras políticas.

Considerada a principal empresa controlada pelo Estado entre as companhias brasileiras de capital aberto, a Petrobras é alvo constante de interesse. No atual mandato de Lula, o embate tem sido travado internamente, entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da empresa, Jean Paul Prates. Os dois têm visões diferentes sobre o pagamento de dividendos extras aos acionistas, o que levou a um impasse dentro da empresa. Enquanto Silveira, com influência sobre o conselho de administração, se opõe aos dividendos extras, Prates, que controla a diretoria, defende o pagamento. Lula, intervencionista por natureza, acabou apoiando Silveira, argumentando que os dividendos extras prejudicariam os planos de investimento da Petrobras.

Essa decisão causou impactos econômicos imediatos, com uma queda no valor de mercado da empresa, e gerou especulações sobre a possível demissão de Prates. No entanto, até o momento, isso não se concretizou. Outro fator que contribuiu para a permanência de Prates foi a entrada do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na discussão. Haddad defendeu o pagamento dos dividendos extras, alegando que não afetaria os planos de investimento da Petrobras e beneficiaria as contas públicas.

Essa disputa interna na Petrobras reflete a divergência de opiniões dentro do governo, com Lula buscando manter o controle sobre a empresa enquanto enfrenta resistência de alguns de seus próprios ministros. Essa batalha pelo poder dentro da Petrobras está longe de acabar, uma vez que os interesses em torno da empresa são enormes. Com um plano de investimento de bilhões de reais e projetos com potencial eleitoral, a Petrobras continua sendo um cenário crucial de disputa política e empresarial.

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