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domingo, 17 novembro, 2024
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Escândalo ambiental: Força-tarefa combate poluição tóxica no Rio de Janeiro

Por Marina B.

O Sistema Imunana-Laranjal retomou suas operações com capacidade plena, fornecendo 6 mil litros de água por segundo, às 10h deste sábado (06/04). A liberação ocorreu na noite de sexta-feira, após esforços intensivos da força-tarefa do Estado para reduzir a concentração de tolueno no Rio Guapiaçu, em Guapimirim. A Cedae continua a realizar análises de potabilidade a cada hora, no Laboratório Biológico de Rastreamento Ambiental (Libra), prevendo-se que o abastecimento seja normalizado em 72 horas.

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) iniciou um inquérito para apurar os responsáveis pelo crime ambiental, que afetou cerca de 2 milhões de pessoas em parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Um levantamento está em curso para identificar as empresas da região com licença para utilizar o tolueno. Peritos criminais acompanham o trabalho dos técnicos do Inea e da Cedae na região, analisando o material coletado para identificar a origem do vazamento.

Desde quinta-feira, uma força-tarefa do Governo do Estado atuou para mitigar os efeitos da contaminação. Foi realizado o isolamento da área onde deságuam dois canais e a sucção do composto químico tolueno na região de captação de água. As equipes continuam no local, às margens do Rio Guapiaçu, já tendo retirado 240 mil litros de água misturada com o produto químico. Foram estabelecidos 40 pontos de coleta e mais de cem amostras já foram analisadas pelos técnicos do Inea e da Cedae.

A força-tarefa concentra seus esforços em descobrir a origem da contaminação, crucial para determinar se o tolueno encontrado é residual ou se há contaminação contínua do solo, e em identificar os responsáveis pelo crime ambiental.

Desde o início da operação conjunta na quinta-feira, mais de 300 técnicos atuam no local, com o auxílio de três escavadeiras, uma retroescavadeira e seis caminhões basculantes. Equipamentos de sucção estão sendo empregados para remover o poluente da água do rio. A mobilização envolve diversas entidades, incluindo as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas do Brasil e Águas do Rio.

O Sistema Imunana-Laranjal é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 2 milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e na Ilha de Paquetá.

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