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domingo, 29 setembro, 2024
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Operação Fim da Linha: Gigantes do ônibus em São Paulo sob suspeita de vínculos com o PCC

Por Marina B.

Duas das maiores empresas de ônibus de São Paulo estão sob investigação na manhã desta terça-feira, 9, na Operação Fim da Linha. A ação, resultado de uma investigação de quatro anos conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, Receita Federal e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), visa combater a infiltração do crime organizado no poder público municipal.

Os promotores cumprem 52 mandados de busca e apreensão no estado, com a prisão de três acionistas das empresas e um contador, além de medidas cautelares contra outros cinco acusados. O bloqueio de R$ 684 milhões em bens dos investigados foi determinado para ressarcimento das vítimas e por danos coletivos causados pelas empresas.

As empresas em questão fazem parte de um suposto cartel ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), visando controlar o Grupo Local de Distribuição do sistema municipal de transportes, responsável pelas linhas de ônibus nos bairros da capital. Os investigadores suspeitam que as atividades dessas empresas estariam relacionadas à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e outros crimes.

Entre as empresas investigadas estão a UPBus e a Transwolff, ambas ligadas a membros do PCC. A UPBus teria sido usada para lavagem de dinheiro do tráfico e a Transwolff estaria envolvida em extorsões, fraudes e ameaças ligadas à organização criminosa.

Os investigadores apontam que o PCC teria se apropriado de empresas do setor de transporte para consolidar sua posição no mercado e lavar dinheiro do crime. Além disso, houve suspeitas de fraudes em licitações e movimentações financeiras suspeitas, levantando indícios de sonegação fiscal.

A operação também revelou o envolvimento de figuras conhecidas do crime organizado, como o presidente da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, e outros acionistas ligados ao PCC. O objetivo dos promotores é desarticular o esquema criminoso e retirar o controle do transporte público das mãos do crime organizado.

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