A sentença de 11 líderes cristãos na Nicarágua por “falsas acusações de lavagem de dinheiro” provocou uma forte reação internacional e suscitou preocupações sobre a liberdade religiosa e os direitos humanos no país. Os pastores, que foram inicialmente detidos e agora foram condenados, estão no centro de um caso que despertou atenção global.
Os acusados, que incluem um casal, um evangelista e oito pastores associados ao grupo Mountain Gateway, foram condenados a pagar US$ 80 milhões cada. Este caso foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), com a organização ADF International assumindo a defesa dos acusados. As circunstâncias que levaram à condenação surgiram após o governo da Nicarágua cancelar o estatuto jurídico e confiscar as propriedades da Mountain Gateway, em meio a oito grandes “campanhas evangelísticas” realizadas pelo grupo em 2023, com a permissão do regime.
Esses eventos, que atraíram milhares de pessoas, foram interpretados como uma ameaça pelo governo, resultando no fechamento da Mountain Gateway e na detenção dos líderes acusados de lavagem de dinheiro em dezembro de 2023.
A reação internacional incluiu apelos de quatro senadores dos EUA e uma carta assinada por 58 parlamentares ao embaixador da Nicarágua nos EUA, pedindo a libertação imediata dos líderes cristãos. Os líderes da Mountain Gateway negam veementemente as acusações, afirmando que os eventos realizados eram puramente religiosos e desprovidos de motivação política. Eles também contestam as acusações de lavagem de dinheiro, argumentando que todas as transações foram documentadas e auditadas regularmente.
Esta situação levanta sérias preocupações sobre a liberdade religiosa e a perseguição religiosa na Nicarágua, com relatos de fechamento de igrejas e repressão a líderes religiosos, tanto católicos quanto evangélicos. O caso destaca a importância de proteger os direitos humanos e a liberdade religiosa em todo o mundo e ressalta a necessidade de atenção internacional e intervenção diplomática para garantir justiça e respeito pelos direitos fundamentais.