O presidente da Guiana, Irfaan Ali, rejeitou firmemente a promulgação de uma lei pelo ditador socialista venezuelano Nicolás Maduro, considerando-a um ato ilegal. Ele afirmou que a Guiana não tolerará a tentativa de anexação do território de Essequibo pelo país vizinho.
O comunicado oficial do governo guianense, divulgado nas redes sociais por Ali e emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, destaca que a iniciativa da Venezuela de anexar mais de dois terços do território soberano da Guiana viola claramente os princípios do direito internacional, incluindo as Cartas da ONU e da OEA.
Além disso, o comunicado da Guiana ressalta que a lei promulgada por Maduro entra em conflito com o espírito da Declaração Conjunta de Argyle para o Diálogo e a Paz entre Guiana e Venezuela, assinada em 14 de dezembro de 2023, em São Vicente e Granadinas.
Segundo o comunicado guianense, esse ato ilegal coloca em dúvida o compromisso da Venezuela em respeitar os princípios estabelecidos nessa declaração.
A referida declaração mencionada no comunicado faz referência ao encontro entre Ali e Maduro em São Vicente e Granadinas, onde concordaram em não recorrer à força na disputa por Essequibo.
Ademais, o governo da Guiana advertiu a Venezuela, bem como os países da Caricom, da Celac e os secretários-gerais da ONU e da OEA, de que não permitirá a anexação, apreensão ou ocupação de qualquer parte de seu território soberano.
O comunicado da Guiana expressou profundo pesar pelo fato de o compromisso assumido em Argyle, que buscava promover a boa vizinhança, a coexistência pacífica e a unidade da América Latina e do Caribe, estar agora seriamente ameaçado pelas palavras e ações de Maduro.
Foto: Gazeta Brasil