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quarta-feira, 2 outubro, 2024
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Escândalo no Palácio: Conspiração petista desestabiliza Lula e sacode Brasília

Por Alexandre G.

Jean Paul Prates, membro do Partido dos Trabalhadores, concedeu ao presidente Lula o motivo que ele aguardava não apenas para removê-lo da presidência da Petrobras, mas também para apaziguar a guerra interna entre o chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, no meio. Nenhum dos candidatos sugeridos por eles está prosperando, e o favorito é Aloizio Mercadante, que não depende de favorecimentos, possui autonomia e mantém um canal direto com Lula há bastante tempo.

O destino de Prates no governo já estava praticamente decidido, porém, ele só seria afastado no final do ano, durante a primeira reforma ministerial. Contudo, ele antecipou sua saída em oito meses ao dar a impressão de desafiar Lula, ao afirmar à jornalista Monica Bergamo que buscaria uma “conversa definitiva” com Lula sobre sua posição e independência na liderança da maior empresa brasileira. Seu problema deixou de ser com Haddad, Costa e Silveira para tornar-se com o próprio presidente, o que o deixou irritado.

A cabeça de Prates já estava a prêmio há algum tempo, mas isso é algo comum nos meandros do poder em Brasília. Agora, com Prates longe, em um escritório no Rio de Janeiro, os principais influenciadores junto ao presidente são Haddad, Silveira e Rui Costa, que antes não tinha uma relação próxima com Lula, mas agora é seu grande aliado. E não podemos ignorar a influência de Janja, a primeira-dama, em todos os aspectos. Detalhe importante: cada um influencia Lula em direções diferentes.

Por trás das disputas no PT, um partido marcado por tendências e rivalidades, está uma questão muito mais séria: o papel do governo federal, especialmente do Palácio do Planalto, na escolha de líderes e na definição da política de preços da Petrobras. Lula e Jair Bolsonaro podem ser opostos em muitos aspectos, mas ambos compartilham a obsessão por controlar preços e usar a Petrobras para transmitir boas notícias aos eleitores. É importante lembrar que, durante o ano eleitoral, Bolsonaro reduziu o preço da gasolina para ganhar popularidade, às custas do equilíbrio das contas estaduais.

Essa intervenção política e ideológica na Petrobras não é algo novo. Durante o governo de Dilma Rousseff, que enfrentou dois anos seguidos de recessão econômica, a pressão política sobre a Petrobras não se limitou à distribuição de cargos entre o PT e seus aliados, como PP, PTB e MDB, mas também incluiu a interferência na definição de preços, conforme os interesses da própria presidente, que agora preside o Banco dos BRICS.

As últimas pesquisas de opinião e a queda contínua na popularidade agitaram Lula, o governo e parte da opinião pública, preocupados com o ressurgimento do bolsonarismo ou até mesmo do próprio Bolsonaro, que, embora inelegível, ainda é uma incógnita.

Por isso, além de exigir resultados de seus ministros e buscar maneiras de reduzir os preços dos alimentos e dos combustíveis, Lula está elaborando uma estratégia maior. Recentemente, ele se reuniu com o marqueteiro Sidônio Palmeira e a equipe do ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, para discutir uma “ofensiva de opinião pública” na última quarta-feira. Há rumores de que Janja também participou. Será?

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