Após pressões dos Estados Unidos, o governo de Israel anunciou na sexta-feira (05) a reabertura de uma passagem no norte de Gaza, que estava fechada desde o início do conflito, e a autorização para uso de um porto marítimo para o desembarque de ajuda humanitária.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprovou “medidas imediatas” para aumentar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, conforme comunicado emitido por Tel Aviv. A passagem de Erez, localizada no norte de Gaza e principal via de acesso à região, será temporariamente reaberta pela primeira vez desde o início dos confrontos em 7 de outubro. Esses conflitos tiveram início após ataques terroristas do Hamas contra Israel, que reagiu com ataques aéreos e incursões terrestres na Faixa de Gaza.
Além da passagem de Erez, Israel permitirá que seu porto em Ashdod, no sul do país, receba carregamentos de ajuda humanitária destinados a Gaza. Também foi autorizada a ampliação da entrada de ajuda proveniente da Jordânia através do ponto de passagem de Kerem Shalom.
Até então, desde o início do conflito, somente a passagem de Rafah, no sul de Gaza, estava sendo utilizada para o transporte terrestre de ajuda humanitária.
O anúncio de Israel veio após uma conversa telefônica entre Netanyahu e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, onde este último pressionou por medidas específicas para lidar com a crise humanitária em Gaza e garantir a segurança dos trabalhadores humanitários.
A falta de suprimentos suficientes entrando em Gaza por via terrestre, tem aumentado os temores de uma crise humanitária na região. Além do transporte marítimo, alguns países têm distribuído ajuda humanitária através de transporte aéreo, lançada de aviões.
A pressão internacional sobre Israel aumentou ainda mais após um ataque aéreo israelense ter causado a morte de sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen, que fornecia refeições em áreas de crise em Gaza. Isso levou a organização a interromper suas operações na região e a um retorno ao Chipre de um navio que transportava 240 toneladas de alimentos destinados a Gaza.
Autoridades alemãs alertaram que o episódio poderia agravar a situação dos civis em Gaza e levar outras organizações humanitárias a reconsiderarem suas atividades na região. A Alemanha, um dos aliados de Israel, tem feito apelos para aumentar a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
