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sábado, 30 novembro, 2024
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Crise na estatal: Petrobras sob investigação por divulgação de notícias duvidosas

Por Alexandre G.

Nesta quinta-feira (4), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou um processo administrativo para investigar a divulgação de notícias relacionadas à Petrobras, que foi alvo de especulações ao longo do dia sobre possíveis mudanças na gestão e a distribuição de dividendos extraordinários.

A autarquia, no entanto, não especificou as informações que estão sendo investigadas, mas o processo trata da supervisão de notícias, fatos relevantes e comunicados. Geralmente, esse tipo de investigação questiona o atraso das empresas em se manifestarem sobre notícias que afetam o valor das ações.

Durante o pregão na B3, as ações da Petrobras apresentaram forte volatilidade. Iniciaram em alta devido ao aumento do preço do petróleo, porém, caíram com especulações sobre a possível demissão do presidente da empresa, Jean Paul Prates. Posteriormente, voltaram a subir após notícias de um acordo do governo para distribuir dividendos extraordinários retidos em março, mas novamente caíram, encerrando o dia com uma queda de 1,41% nas ações preferenciais.

As confusões na divulgação de informações sobre a estatal já foram criticadas por investidores privados. Em março, após o anúncio da retenção de dividendos, o presidente da Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais), Fabio Coelho, destacou um “grave ruído” entre a empresa e o governo.

Nesta quinta-feira, informações vazaram sobre uma mudança de posição dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) em relação à distribuição dos dividendos extraordinários. Anteriormente resistentes, agora mostraram-se favoráveis à distribuição do dinheiro aos acionistas.

Essa posição alinha-se à do ministro Fernando Haddad (Fazenda), mas a decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, baseada na análise dos riscos para a execução do plano de investimentos da estatal.

O debate sobre os dividendos extraordinários agravou a discordância entre Silveira, Costa e o presidente da Petrobras, que optou por não acompanhar os conselheiros indicados pelo governo e se abster na reunião que tratou do assunto.

No final do dia, a estatal enviou à CVM um esclarecimento reiterando o que foi decidido na reunião do conselho de administração em março e afirmando que “não há decisão em relação à distribuição de tais valores”. Acrescentou ainda que a competência para aprovar a destinação do resultado, incluindo o pagamento de dividendos, é da Assembleia Geral de Acionistas, agendada para o dia 25/04/2024.

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