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terça-feira, 1 outubro, 2024
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Haddad impõe ultimato à Petrobras: Dividendos dependerão de resposta

Por Marina B.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira (3), que a resposta da diretoria da Petrobras sobre a suficiência de recursos em caixa para o plano de investimentos da estatal será determinante para a distribuição de dividendos aos acionistas.

“O debate em andamento na diretoria e no conselho (sobre distribuição de dividendos) gira em torno da disponibilidade de recursos para o plano de investimentos”, afirmou o ministro aos jornalistas após uma reunião na Casa Civil para tratar do assunto. Além de Haddad, estiveram presentes no encontro o ministro da Casa Civil Rui Costa e o de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Haddad mencionou que ainda não há um cronograma definido, mas destacou que o governo aguarda uma posição detalhada da diretoria, após questionamentos feitos pelo Conselho da estatal, sobre a situação financeira da empresa.

No início de março, a Petrobras anunciou que não distribuiria dividendos extraordinários, o que provocou reações negativas no mercado e resultou na perda de R$ 56 bilhões em valor de mercado em um único dia, diante do receio de interferência política do governo na estatal. Na época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou que a petroleira não deveria pensar somente nos acionistas, mas também nos investimentos.

Na última segunda-feira (1º), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou considerar distorcido rotular o governo de intervencionista devido à retenção dos dividendos extraordinários da Petrobras. “Não é aceitável que a Petrobras tenha como único objetivo lucros elevados para distribuição aos acionistas”, disse em entrevista à GloboNews.

Como reportado pelo Estadão, a retenção de dividendos, embora não seja destinada a financiar esses investimentos, contribui para a melhoria das métricas da companhia, garantindo a segurança do financiamento do plano de investimentos e de futuras distribuições aos acionistas.

Contudo, a avaliação dos conselheiros, tanto os do governo quanto os representantes dos acionistas privados, é que atualmente a empresa não enfrenta restrições financeiras para executar o plano. Para os acionistas privados, isso sugere que a Petrobras poderia distribuir dividendos no curto prazo e reter lucros no futuro, se necessário.

Porém, o governo optou por adotar uma postura cautelosa em relação às incertezas futuras, especialmente em relação à possível queda do preço do petróleo no mercado internacional. Uma queda significativa poderia afetar o caixa da Petrobras e comprometer sua capacidade de cumprir os investimentos prometidos.

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