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sábado, 12 outubro, 2024
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Rui Costa, ex-governador da Bahia, é mencionado em delação sobre contrato para compra de respiradores não entregues durante a pandemia

Por Alexandre G.

Segundo a delação de uma empresária, Rui Costa, quando era governador da Bahia, teria dado autorização para um contrato de compra de respiradores que não foram entregues. O contrato, no valor de 48 milhões de reais, foi fechado em abril de 2020, e a empresária, Cristiana Taddeo, devolveu 10 milhões aos cofres públicos. Ela afirmou que a venda foi autorizada por Costa e intermediada por um empresário que se apresentou como amigo do governador e da então primeira-dama, Aline Peixoto.

Esse amigo teria cobrado comissões que totalizaram 11 milhões de reais. O ex-secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, também afirmou que as tratativas receberam aval de Costa.

“Achei que as tratativas para celebração do contrato com o Consórcio Nordeste ocorreram de forma muito rápida, mas entendi que eu estava sendo beneficiada porque havia combinado de pagar comissões expressivas aos intermediadores do governo”, disse a empresária na delação.

A empresa Hempcare, fundada para distribuir medicamentos à base de canabidiol, não possuía qualificação nem experiência na importação de respiradores, admitiu a própria dona.

Segundo a delação, foi em 5 de abril de 2020 que a empresária recebeu um telefonema do então secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, manifestando interesse em comprar os respiradores da Hempcare. Costa teria passado o contato da Hempcare para Dauster, orientando-o a negociar a compra dos respiradores.

A empresária disse à Polícia Federal que recebeu informações privilegiadas sobre o valor máximo que seria pago pelos itens. Foi fechado um contrato para a compra de 300 aparelhos, ao preço de 28.900 dólares cada. O pagamento foi feito antes da entrega, que não ocorreu porque a empresa chinesa responsável pelo fornecimento não tinha mais aparelhos.

Costa se defendeu, afirmando que determinou investigação após a não entrega dos respiradores e que nunca tratou com intermediários sobre compras de equipamentos de saúde. Ele deseja que a investigação prossiga e que os responsáveis pelo desvio do dinheiro público sejam punidos e haja ressarcimento do erário público.

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