Hoje, as finanças públicas emergem como o tema mais premente para o governo, e a situação não para de se deteriorar, com o déficit em ascensão e a receita em declínio. A economia carece de estímulo, enquanto o governo enfrenta conflitos com o setor agrícola, que constitui o principal propulsor da economia brasileira e das transações externas. Agora, o Banco Central se vê compelido a intervir no mercado cambial, evidenciando um desgaste da credibilidade econômica do Brasil. O dólar atingiu a marca de R$ 5,06 nesta terça-feira, um valor significativo.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, admite a dificuldade em reavaliar os gastos públicos, uma tarefa que parece cada vez mais inalcançável devido à burocracia exacerbada do governo. Este governo se expande desmedidamente, impulsionado por campanhas de propaganda, favorecimentos, estímulos e atividades ditas “culturais”, que frequentemente se reduzem a eventos artísticos, apesar da cultura nacional abarcar uma gama muito mais ampla. Esses dispêndios representam cifras vultosas. Uma medida provisória recentemente expirou, resultando em uma perda de mais de R$ 10 bilhões para os cofres públicos, uma vez que o governo pretendia tributar a folha de pagamento dos municípios, mas o Congresso não ratificou essa medida.