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sábado, 12 outubro, 2024
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Perseguido pelo regime: Jornalista Orlando Avendaño luta contra repressão na Venezuela

Por Alexandre G.

Num cenário de repressão política e ataque às liberdades fundamentais na Venezuela, o jornalista Orlando Avendaño é alvo de uma nova onda de perseguição à imprensa livre, perpetrada pela narcoditadura liderada por Nicolás Maduro. A recente investida jurídica contra Avendaño, acusado de “instigação ao ódio” com base em suas publicações nas redes sociais, revela a estratégia do regime de silenciar vozes opositoras de maneira flagrante. Esse ato não é um caso isolado, mas parte de uma série de medidas repressivas destinadas a instilar um clima de medo e submissão entre jornalistas independentes e críticos do governo Maduro.

Essa perseguição à liberdade de expressão foi meticulosamente planejada pela Procuradoria Geral da Venezuela, liderada pelo procurador-geral Tarek William Saab, um dos pilares do sistema judiciário chavista. A acusação contra Avendaño foi baseada numa postagem nas redes sociais na qual ele analisava o cenário político envolvendo María Corina Machado, uma das principais figuras da oposição venezuelana. Saab interpretou a publicação como incitação à insurreição, alegando que Avendaño estava promovendo um movimento rebelde contra o Estado.

A perseguição rapidamente escalou com agentes do SEBIN (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional) invadindo a residência da família de Avendaño na Venezuela, confiscando telefones celulares, laptops e outros dispositivos eletrônicos, numa clara violação da privacidade e dos direitos humanos. Esse ato não apenas expõe a vulnerabilidade dos cidadãos venezuelanos sob o regime de Maduro, mas também destaca o alcance do poder autoritário, capaz de invadir a esfera privada sem qualquer justificativa legal. Embora Orlando atualmente resida na Colômbia, a invasão à casa de seus pais é uma clara tentativa do regime de intimidar o jornalista.

Orlando Avendaño é um jornalista jovem de 29 anos, com ampla experiência em diversos periódicos. Ele já ocupou o cargo de editor-chefe do jornal hispano-americano Panam Post e do El American. O jornalista, de nacionalidade venezuelana e colombiana, é conhecido por sua crítica contundente ao chavismo. Atualmente, é editor-chefe do Voz Media e colaborador da La Gaceta de la Iberosfera. Sua trajetória é marcada pela defesa inabalável da liberdade de expressão e pelo jornalismo investigativo comprometido com a verdade. A acusação fabricada contra ele pelo procurador-geral Tarek William Saab, alinhado ao chavismo, é emblemática da tentativa de criminalizar o dissidente político e jornalístico.

Rotular jornalistas como “incitadores de ódio” simplesmente por criticarem ou se oporem às políticas governamentais revela uma tendência autoritária alarmante, tanto na Venezuela sob o regime chavista quanto em outros países, como o Brasil. Essa estratégia de silenciamento e intimidação contra a imprensa busca restringir a liberdade de expressão e enfraquecer a democracia, transformando a crítica legítima em uma ameaça para os profissionais da mídia. A semelhança entre esses dois países reflete um uso preocupante do poder judiciário para reprimir vozes dissidentes, comprometendo a independência da imprensa e a saúde do debate público.

A reação internacional às ameaças contra Avendaño foi imediata. Personalidades e instituições de renome manifestaram seu repúdio e solidariedade, destacando o reconhecimento global da injustiça perpetrada contra ele e, por extensão, contra a liberdade de imprensa na Venezuela. Álvaro Uribe Vélez, ex-presidente da Colômbia, foi uma das vozes proeminentes a se levantar em defesa de Avendaño, instando o governo colombiano a protegê-lo e ressaltando a importância da tradição democrática colombiana para os perseguidos políticos venezuelanos. Santiago Abascal, presidente do partido conservador Vox na Espanha, também expressou sua solidariedade, caracterizando Avendaño como um “venezuelano valente” na linha de frente da luta pela liberdade contra a “tirania de Maduro”. Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), e a ativista dos direitos humanos Tamara Suju também se pronunciaram, enfatizando a gravidade da perseguição como um ataque direto à liberdade de expressão e aos direitos humanos.

Essas manifestações de apoio, vindas de diferentes latitudes políticas e geográficas, destacam a gravidade da situação de Avendaño e, por extensão, de todos aqueles que desafiam o autoritarismo de Maduro. A perseguição a Avendaño não é apenas um ataque a um indivíduo, mas uma afronta aos princípios democráticos e um alerta sobre a fragilidade da liberdade sob regimes autoritários.

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