Ao indicar Anielle Franco como candidata a vice-prefeita de Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro, a primeira-dama Janja parece estar desempenhando um papel na estratégia de Lula (PT) para se distanciar da ministra da Igualdade Racial. Segundo fontes do Planalto, Lula tem expressado repetidamente “já deu”. Anielle foi escolhida por ser irmã de Marielle, cujo assassinato foi instrumentalizado pelo PT e outros para atribuir o crime à “direita”, embora a Polícia Federal de Lula tenha apontado Domingos Brazão, aliado do PT no Rio, como mandante, o que deixou os aliados do governo em desespero.
Afinal o assassinato da vereadora foi usado por todos esses anos, não só como trampolim para pessoas como
Anielle, que se sentiu ofendida quando lhe disseram que ela só estava como ministra por ser irmã da Marielle, mas também como um motivo para atacar o ex-presidente Bolsonaro, que nunca teve nem de longe, participação no crime.
Sendo assim, a presença de Anielle agora causa um constrangimento, uma vez que o desfecho do caso Marielle alterou a percepção sobre sua relevância.
Além disso, Lula considera que Anielle contribui muito pouco e nem a recebe para discussões importantes.
Para Lula e parte do PT, a presença de Anielle no governo ressalta o uso político do caso Marielle e as falsas narrativas difundidas sobre sua morte.
A pergunta “quem matou Marielle?”, que implicava a responsabilidade de bolsonaristas, agora é ridicularizada em qualquer boteco do Rio de Janeiro, mostrando que a narrativa não é mais aceita.