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sexta-feira, 11 outubro, 2024
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Brasileiros insatisfeitos: Economia em declínio e frustração generalizada

Por Marina B.

Uma pesquisa recente do Instituto Ipsos, divulgada em março último, constatou que apenas 34% dos brasileiros expressam satisfação com a situação econômica do país, um índice abaixo da média global de 40%. Essa insatisfação ocorre em um momento em que o governo busca reduzir o maior déficit primário desde novembro de 2020, por meio do aumento da arrecadação.

Há um consenso entre os economistas de que o déficit nas contas públicas, que atingiu um patamar recorde em mais de três anos em 2023, tem sido determinante para impedir um crescimento sustentável. No ano passado, esse déficit atingiu 249,1 bilhões, correspondente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme dados do Banco Central. Para o professor Paulo Azevedo, especialista em Finanças e Economia do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) em São Paulo, um dos fatores que contribuem para o descontentamento da população está relacionado ao aspecto político.

Ele observa que tanto os críticos da oposição quanto os que anteriormente apoiavam o governo expressam sua frustração. “Existe uma parcela composta pelas próprias pessoas que apoiaram o governo federal atual”, destaca o professor. Segundo ele, essas pessoas “estavam esperando que muitos problemas pelos quais passaram fossem resolvidos, mas depois perceberam que a solução das coisas talvez não seja tão simples.” Aspectos como a projeção ainda baixa para o Produto Interno Bruto (PIB), em torno de 2%, mesmo com um desemprego relativamente baixo, indicam que a economia ainda não está em pleno funcionamento, explica Azevedo.

“Não é o crescimento que seria o ideal para um país, então esses vários fatores contribuem para a percepção de que o governo não está sendo eficaz e que a economia não está reagindo como esperado.”

A dívida pública gera insegurança para os investidores, o que os desestimula a manter os recursos no país, conforme apontam estudos econômicos. Isso enfraquece a economia, resultando na redução de empregos, produção e renda, além de aumentar o risco de inflação devido à maior emissão de moeda para cobrir os gastos públicos.

A pesquisa, intitulada “Global Happiness 2024”, indicou que as nações com maior satisfação em relação à economia são Índia (81%), Singapura (68%) e Indonésia (61%). Na parte inferior do ranking estão Argentina (16%), Hungria (19%) e Japão (21%).

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