Nesta segunda-feira (1º/4), o vice-líder da oposição na Câmara, Evair de Melo (PP-ES), protocolou um projeto de lei visando punir o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) por sua postagem na última Sexta-Feira Santa (29/3).
Melo propôs um PL que estabelece punições “para atos de desrespeito, vilipêndio ou ridicularização contra símbolos e práticas religiosas”, citando explicitamente a publicação do MTST envolvendo Jesus Cristo.
Entre as sanções propostas por Melo está a obrigação de fazer uma reparação pública, participar de um programa educacional sobre tolerância religiosa e compensar os “danos materiais e morais”, incluindo uma compensação financeira.
“O ato de desrespeito perpetrado não apenas viola a sacralidade desses momentos, mas também prejudica a coesão social e o imperativo de respeito mútuo que deve prevalecer em uma sociedade diversificada e plural. Embora a liberdade de expressão seja um direito inalienável, ela deve coexistir harmoniosamente com o respeito às crenças e valores religiosos, essenciais para a identidade e espiritualidade de milhões de cidadãos brasileiros”, afirmou o deputado.
Polêmica envolvendo o MTST Na Sexta-Feira Santa, enquanto os cristãos celebravam, o MTST compartilhou uma imagem evocativa do Calvário, onde Jesus Cristo foi crucificado, com soldados romanos dizendo: “Bandido bom é bandido morto”.
Após a reação negativa, o movimento respondeu às críticas sobre a postagem. “A interpretação equivocada da imagem e da mensagem deste post é surpreendente”. O movimento então recomendou a leitura do Evangelho de Lucas, que trata da condenação de Jesus por Pôncio Pilatos.