Os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Fernando Haddad, da Fazenda, cujas relações são tensas e já resultaram em discussões acaloradas, agora estão em uma nova disputa pelo protagonismo na regulamentação da reforma tributária. Enquanto Haddad pressiona por uma proposta até a primeira quinzena de abril, Costa prefere adotar uma abordagem mais cautelosa, buscando desgastar seu rival ao levar o processo de forma mais lenta.
Essa divergência causou uma reação no Congresso, que criticou a falta de ação do governo Lula e propôs a desoneração da cesta básica.
Haddad, ignorando as preferências de Costa, designou Bernard Appy para negociar diretamente com os parlamentares e planeja comparecer ao Congresso em 17 de abril.
Enquanto isso, o presidente da Frente do Empreendedorismo, Joaquim Passarinho (PL-PA), expressou frustração com o isolamento do grupo nos 19 grupos de trabalho da reforma.
O deputado também enfatizou que não aceitará qualquer aumento na carga tributária, ignorando os possíveis desentendimentos dentro do governo.
Além disso, o relator do Orçamento, Danilo Forte (União-CE), está cobrando agilidade do governo, afirmando que ainda não teve acesso ao texto do projeto.