O Ministério do Planejamento revelou hoje um corte de R$ 2,9 bilhões no Orçamento Federal, desencadeando tensões entre Brasília e o Congresso. Esse bloqueio, necessário devido ao aumento das despesas previstas para o ano, pode ser revisado dependendo da evolução dos gastos obrigatórios do governo.
O detalhamento do corte mostra que as emendas de comissão foram poupadas, evitando um confronto direto com os parlamentares, que já se mostram insatisfeitos com os cortes anteriores. No entanto, o governo enfrenta críticas sobre a distribuição dos bloqueios, com algumas pastas mais afetadas do que outras.
O mal-estar pode aumentar à medida que os ministérios decidirem onde cortar os gastos, especialmente em meio a incertezas sobre as despesas obrigatórias e a revisão orçamentária de maio. O Executivo mantém o déficit dentro da margem permitida pelo arcabouço fiscal, mas a revisão para um déficit maior em 2024 levanta preocupações sobre a capacidade de controle das contas públicas.
Confira os ministérios mais afetados pelos cortes:
- Ministério das Cidades: R$ 741,47 milhões
- Ministério dos Transportes: R$ 678,97 milhões
- Ministério da Defesa: R$ 446,48 milhões
- Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social: R$ 281,68 milhões
- Ministério da Integração: R$ 179,79 milhões
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 118,79 milhões
- Ministério da Agricultura: R$ 105,49 milhões
- Ministério da Fazenda: R$ 94,39 milhões
- Ministério das Relações Exteriores: R$ 69,29 milhões
- Ministério da Justiça e Segurança Pública: R$ 65,59 milhões
- Ministério dos Portos e Aeroportos: R$ 52,29 milhões
- Ministério do Planejamento e Orçamento: R$ 37,09 milhões
- Ministério da Gestão e Inovação: R$ 36,29 milhões