Uma juíza federal encarregada do processo criminal contra Donald Trump por suposto mau uso de documentos confidenciais, sinalizou uma possível abertura às reivindicações da defesa do ex-presidente dos Estados Unidos. Isso indica que os promotores podem enfrentar obstáculos significativos no decorrer do caso.
A juíza distrital dos EUA, Aileen Cannon, indicada por Trump, solicitou que Trump e os promotores apresentassem instruções ao júri com base em dois cenários legais que favorecem a alegação de Trump. Esta questão gira em torno do tratamento dado por Trump a documentos levados para sua propriedade em Mar-a-Lago, na Florida, quando deixou a Casa Branca em 2021.
Embora Trump tenha se envolvido em conflitos com juízes em vários casos legais, Cannon tem mostrado receptividade incomum aos argumentos de Trump, o que poderia alterar o curso do caso dos documentos.
Os promotores argumentam que os documentos em questão não podem ser considerados pessoais, pois estão relacionados à inteligência e aos assuntos militares dos EUA. No entanto, Cannon expressou ceticismo quanto a essa alegação, sugerindo que os argumentos de Trump podem ser fortes em um eventual julgamento.
O desenrolar desse caso destaca a importância das decisões de Cannon, que até agora escapou da ira que Trump direcionou a outros juízes que supervisionam seus casos legais. Enquanto alguns de seus argumentos foram rejeitados, outros foram acolhidos, demonstrando uma postura ponderada em relação às questões levantadas pela defesa de Trump.