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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Colheita de soja na Argentina: Desafios extremos e previsões sombrias

Por Alexandre G.

Na quarta-feira ( 27), Bruno Todone, analista da Safras & Mercado, proferiu uma palestra durante a 7ª edição da Safras Agri Week, oferecendo uma visão geral sobre a produção de oleaginosas, que está retornando à normalidade após um período desafiador em 2022/23, marcado por altas temperaturas e escassez de chuvas.

De acordo com as projeções da Safras & Mercado, espera-se que o país colha 49,659 milhões de toneladas em 2023/24, em comparação com 21,101 milhões no ano anterior. No ciclo 2022/23, a Argentina importou significativamente mais do que o habitual, atingindo 10,277 milhões de toneladas. Para este ano, estima-se que os volumes fiquem em torno de 3,8 milhões de toneladas, aproximando-se da média histórica. Além disso, as exportações e o processamento também estão retornando a níveis considerados normais.

No que diz respeito à comercialização, apesar do progresso registrado no último mês, ela ainda está atrasada na Argentina. Nas últimas cinco semanas, observou-se um aumento na atividade por parte dos produtores. No entanto, apenas 21% da safra foi comercializada até o momento, em comparação com uma média de cerca de 30% para este período. Todone alerta para o risco associado à comercialização a preço aberto, especulando sobre a possibilidade de novas quedas nos preços. Até agora, apenas 4% da safra projetada foi comercializada com preço fixo, enquanto 17% foi negociada a preço aberto e 79% ainda não foi comercializada. Ele recomenda que os produtores ajam com cautela para garantir a melhor margem possível.

Quanto às condições das lavouras, Todone destaca que, devido ao clima mais favorável nesta temporada, influenciado pelo El Niño, elas estão excepcionais. Ele lembra que o país enfrentou três anos consecutivos de La Niña, que afetaram negativamente as plantações de oleaginosas, resultando em rendimentos mais baixos. Prevê-se que o La Niña retorne a partir de julho-setembro, o que poderá trazer consequências adversas à região núcleo da Argentina.

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