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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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ONG associada a Marina Silva alarmada com crescimento de 433% nas queimadas na Amazônia

Por Marina B.

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) revelou um alarmante aumento de 433% nas queimadas na Amazônia durante o primeiro bimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Segundo o Ipam, a região amazônica concentrou impressionantes 93% da área total queimada em todo o país nos primeiros dois meses do ano. Surpreendentemente, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, permanece no Conselho Honorário do Instituto.

“Um total de 1,8 milhões de hectares foi consumido pelas chamas – um crescimento assombroso de 433% em relação ao primeiro bimestre de 2023. Somente em fevereiro, registramos 898 mil hectares de área queimada, marcando o maior índice já observado no mês desde o início do monitoramento de incêndios pelo Monitor do Fogo, em 2019. A vegetação nativa foi a mais afetada, com destaque para as formações campestres, que representaram 47% de toda a área queimada em 2024. As pastagens foram as mais impactadas, com 17% da área total queimada na Amazônia em fevereiro de 2024, totalizando 158 mil hectares”, afirmou o Instituto em comunicado divulgado na segunda-feira (25).

Os dados alarmantes apresentados pelo Ipam foram compilados pelo Monitor do Fogo, uma plataforma da rede MapBiomas Fogo coordenada pelo próprio Instituto.

Além disso, o Ipam também destacou um aumento de 410% nas queimadas em todo o país durante o mês de fevereiro de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento, em parte, é atribuído ao avanço das chamas em Roraima, estado que já registrou 1 milhão de hectares queimados em 2024, representando 54% de toda a área afetada no país.

Os estados do Pará e do Amazonas também foram impactados, registrando 475 mil e 136 mil hectares queimados, respectivamente. Em conjunto, os três estados amazônicos (Pará, Amazonas e Roraima) foram responsáveis por 85% de toda a área afetada em 2024.

Felipe Martenexen, pesquisador do Ipam, explicou: “O aumento das queimadas no Estado de Roraima está diretamente ligado ao período de seca que ocorre entre os meses de dezembro e abril, agravado pelo fenômeno do El Niño. A maior parte da vegetação afetada pelas queimadas em Roraima está localizada no lavrado, uma região caracterizada pela presença de vegetação campestre. Esse ecossistema é particularmente vulnerável ao fogo durante o período final da janela de queima, quando as condições climáticas e a natureza da vegetação favorecem a propagação do fogo.”

Adicionalmente, o Ipam relatou um aumento de 152% nas queimadas no Cerrado no início do ano, afetando uma área de 61 mil hectares.

Essas descobertas corroboram com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em fevereiro, que apontaram o pior número de queimadas no Brasil desde o início do monitoramento em 1999.

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