Faltando apenas quatro meses para as Olimpíadas de Paris, uma análise da delegação brasileira revela que as principais esperanças de medalha do país residem em atletas com experiência olímpica prévia. Embora isso represente uma vantagem em termos de maturidade e capacidade de lidar com a pressão nos momentos cruciais, também levanta preocupações sobre a lacuna geracional que poderá surgir com as aposentadorias previstas para o final deste ano. Como resultado, é provável que o número de medalhas conquistadas por estreantes seja menor em comparação com as duas últimas edições dos Jogos.
Entre os atletas mais cotados para medalha estão nomes como Rebeca Andrade (em sua terceira Olimpíada), Rayssa Leal (segunda participação), Ana Patrícia/Duda (segunda), Gabriel Medina (segunda), Beatriz Ferreira (segunda), Marcus D’Almeida (terceira), Alison dos Santos (segunda), Ana Marcela (quarta), Martine e Kahena (terceira), Caio Bonfim (quarta), Isaquias Queiroz (terceira), Keno Marley (segunda), Daniel Cargnin (segunda), Rafaela Silva (terceira), Flavia Saraiva (terceira) e Tatiana Weston Webb (segunda).
Embora haja atletas estreantes com chances de medalha, como Beatriz Souza, atualmente terceira no ranking mundial de judô na categoria acima de 78kg, a maioria das esperanças recai sobre os veteranos. Nas últimas Olimpíadas, por exemplo, o Brasil conquistou 21 medalhas, sendo onze delas com atletas estreantes nos Jogos. Destas, as três do skate e o título no surfe eram estreias óbvias, já que esses esportes estrearam em Tóquio. Outros pódios vieram de estreantes no boxe, atletismo, natação, tênis e judô.
Esses dados indicam uma possível redução na quantidade de medalhas conquistadas por estreantes em relação às últimas edições. Com poucas estrelas emergindo no cenário esportivo brasileiro neste ciclo olímpico, é importante estar atento para possíveis desafios na próxima edição dos Jogos, em 2028.
