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sábado, 12 outubro, 2024
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Casas Bahia tem prejuízo de R$ 1 bi no 4º trimestre, o maior da história

Por Alexandre G.

A Casas Bahia registrou um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, marcando o maior resultado negativo para um único período. Este valor é cerca de seis vezes maior do que o prejuízo de R$ 163 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Embora os investidores já esperassem uma perda significativa, o montante superou as projeções do mercado, que estimavam um prejuízo entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões, de acordo com a análise de bancos.

A estimativa de consenso da agência “Bloomberg” previa um prejuízo de R$ 836 milhões. Esse valor também superou o recorde anterior estabelecido no último trimestre de 2019, quando a perda contábil foi de R$ 875 milhões.

No acumulado de 2023, o prejuízo líquido totalizou R$ 2,6 bilhões, marcando a maior perda anual desde a abertura de capital em 2013, e quase oito vezes superior ao registrado em 2022.

Os resultados do trimestre refletiram os efeitos não recorrentes da reestruturação em andamento, provisões, renovação de acordos com cartões e uma significativa redução de estoques, afetando a rentabilidade.

Em uma entrevista ao Valor, Renato Franklin, CEO da empresa, expressou sua visão otimista sobre o processo de recuperação da empresa e destacou as medidas implementadas para superar a fase difícil.

Houve uma queda na receita líquida e nas vendas tanto nas lojas físicas quanto online, conforme previsto pelo mercado e pelas estimativas dos bancos.

A receita líquida no trimestre foi de R$ 7,4 bilhões, uma queda de 16% em relação a 2022. As vendas brutas totais online caíram 21%, refletindo o recuo de 22% nos produtos da própria rede do grupo.

As lojas físicas também registraram uma queda de 12,4% nas vendas, afetadas pelo fechamento de pontos e pela desaceleração da demanda.

Os investidores estão atentos à redução de estoques, ao impacto dessa redução na margem e ao efeito da baixa de passivos trabalhistas. No quarto trimestre, houve uma redução de R$ 1,2 bilhão nos estoques.

Em relação à estrutura de capital, a empresa fez negociações com bancos para estender prazos de pagamento, buscando melhorar a percepção do mercado.

Embora a Casas Bahia tenha fechado várias lojas em 2023 como parte de seu plano de recuperação, o CEO enfatizou que a empresa não está desesperada e que qualquer venda de ativos será feita pelo valor justo.

Além disso, Franklin destacou os aspectos positivos do plano de reestruturação, como o progresso no projeto de publicidade digital e a economia gerada com a redução de cargos de liderança.

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