O diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) em Lisboa, em colaboração com associações de imigrantes brasileiros, promoveu uma manifestação na manhã deste sábado (23 de março de 2024) na capital portuguesa, em defesa da “democracia” e contra a anistia dos extremistas que atacaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Este protesto é uma extensão da mobilização denominada “Ditadura nunca mais!”, ocorrida na mesma data em várias cidades brasileiras.
Por volta das 10h30 no horário local (7h30 em Brasília), o Poder360 contabilizou a presença de 26 pessoas na Praça Luís de Camões, no centro de Lisboa, participando do ato. O grupo mesclava-se aos pedestres que circulavam pela área.
Além dos representantes do Partido dos Trabalhadores em Portugal, os manifestantes incluíam membros do PC do B, do Comitê de Mulheres Migrantes, da Portuando (associação de migrantes sediada na cidade do Porto, no norte de Portugal) e do Comitê de Luta Portugal.
Os manifestantes expressaram sua defesa pela democracia, oposição à anistia para os detidos em 8 de janeiro, solidariedade ao povo da Palestina e destacaram os 60 anos do golpe militar de 1964.
“É necessário que a justiça intervenha no caso dos golpistas do 8 de Janeiro, de forma independente e imparcial, sem concordar com qualquer tipo de anistia ou isenção de responsabilidade pelo que ocorreu, que foi uma tentativa de golpe de Estado”, afirmou o coordenador do núcleo do PT em Portugal, Pedro Prola, ao Poder360.
Prola também mencionou que esperava a presença de algumas dezenas de pessoas, pois o evento foi organizado nesta semana e não teve ampla divulgação.
Na sexta-feira (22 de março) e neste sábado (23 de março), foram convocadas manifestações da mobilização “Ditadura nunca mais!” em 19 cidades brasileiras e em duas cidades europeias.
Apesar de o Partido dos Trabalhadores estar por trás da organização dos protestos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os membros do governo não devem participar.
Os atos da esquerda foram programados para ocorrer em 15 Estados, Brasília e em dois países (Espanha e Portugal). Os organizadores consideram a manifestação em Salvador (BA) como a principal, que reuniu apenas 998 pessoas.
