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quarta-feira, 2 outubro, 2024
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Áudios revelam Mauro Cid criticando Alexandre de Moraes e a PF: “Eles queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu”

Por Alexandre G.

Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, já prestou seis depoimentos à Polícia Federal após assinar um acordo de colaboração premiada. No entanto, nos bastidores, ele expressa uma versão diferente dos eventos, alegando que suas declarações foram distorcidas e informações omitidas pela PF.

Segundo relatos atribuídos a Mauro Cid, em conversas privadas, ele critica a polícia por pressioná-lo a relatar fatos inexistentes e detalhar eventos dos quais não tinha conhecimento. O tenente-coronel afirma que os investigadores tentaram induzi-lo a confirmar declarações de testemunhas e o constrangeram a reproduzir informações específicas, ameaçando-o com a perda dos benefícios do acordo.

Além disso, Mauro Cid faz duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, responsável pelos inquéritos que investigam a tentativa de golpe, venda de joias do acervo presidencial e falsificação de registros de vacina, casos nos quais Bolsonaro é investigado. Ele sugere que Moraes tem uma sentença pronta para os investigados e que controla a condução dos processos conforme sua conveniência.

Em uma conversa gravada após prestar depoimento à PF, Mauro Cid relata sentir que a polícia já tem uma narrativa predefinida e busca confirmá-la a todo custo. Ele afirma que os investigadores não aceitavam sua versão dos eventos e apenas registravam informações que se encaixavam na narrativa que desejavam construir.

Apesar de suas declarações contraditórias, Mauro Cid argumenta que decidiu colaborar com a polícia para evitar uma sentença mais severa e que sua situação é delicada, já que teme represálias e ameaças desde que assumiu o papel de colaborador. Ele expressa mágoa por se sentir o único prejudicado pela investigação e sugere que outros envolvidos estão sendo beneficiados injustamente.

O comportamento ambíguo de Mauro Cid reflete sua preocupação com as consequências de sua colaboração e as pressões que enfrenta como delator. Enquanto sua colaboração com a polícia pode garantir benefícios legais, sua versão dos eventos em conversas privadas pode complicar sua situação futura, gerando dúvidas sobre sua credibilidade e veracidade.

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