Áudios revelados pela revista Veja, supostamente atribuídos ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, apontam para uma narrativa pronta no inquérito da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado, além de sugerir que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já teria a sentença dos investigados.
Nas gravações, o tenente-coronel Cid critica a postura da PF, afirmando que os investigadores estavam determinados a confirmar uma narrativa preestabelecida, ignorando versões divergentes. Ele ainda sugere que o ministro Moraes estaria aguardando o momento oportuno para denunciar e prender os envolvidos.
Cid, que foi preso durante a Operação Venire da PF em maio do ano passado, menciona ter aceitado uma delação premiada para evitar uma pena de até quatro décadas de prisão. Em uma das gravações, ele expressa frustração com a situação, alegando ser o único a ter sua carreira no Exército e vida financeira prejudicadas após as investigações.
A revista Veja divulgou também que Cid teria feito previsões sobre a condenação de todos os investigados, prevendo que suas penas somadas ultrapassariam 100 anos.
