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segunda-feira, 30 setembro, 2024
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Bilionário Elon Musk repudia sentença de 14 anos para Iraci Nagoshi

Por Marina B.

Elon Musk, o bilionário empreendedor, manifestou sua preocupação diante da condenação da professora aposentada Iraci Nagoshi, de 71 anos, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), determinando que ela cumpra os próximos 14 anos de sua vida atrás das grades. A declaração de Musk foi feita em um site de orientação conservadora, no Twitter/X, que compartilhou uma matéria do veículo de comunicação Oeste, trazendo à tona o caso de Iraci. A idosa foi detida no interior do Palácio do Planalto durante os protestos de 8 de janeiro, buscando abrigo das bombas de efeito moral, com sua defesa alegando que ela não estava envolvida em atos de vandalismo.

Em 4 de março, a equipe jurídica de Iraci comemorou a autorização concedida pelo STF para a remoção da tornozeleira eletrônica, a fim de que a aposentada pudesse submeter-se a uma cirurgia delicada devido a uma queda que resultou na fratura de seu fêmur esquerdo. Contudo, para surpresa de todos, poucas horas depois, naquele mesmo dia, o STF condenou Iraci, de 71 anos, a uma pena de 14 anos de prisão, sob acusação de cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa. Além disso, Iraci foi condenada a pagar cem dias-multa, sendo cada dia-multa equivalente a um terço do salário mínimo.

Em menos de 24 horas após a realização bem-sucedida da cirurgia, agentes do Centro de Detenção Provisória de Santo André (SP) foram até a unidade de saúde para reinstalar o dispositivo de monitoramento eletrônico em Iraci. Newton Nagoshi, consultor de empresas e um dos filhos de Iraci, que luta contra um câncer desde 2019, relatou que a família preferiu manter em segredo a sentença da qual sua mãe foi alvo, receosos de que isso pudesse interferir no procedimento médico. Somente no domingo, dia 17, Iraci tomou conhecimento do veredicto do STF. “Ela já esperava”, disse Nagoshi à revista Oeste. “Pois é o que está acontecendo com todos os presos.”

Iraci Nagoshi, ex-professora de português e diretora aposentada, moradora de São Caetano do Sul (SP), passou oito meses detida na Colmeia. Desde agosto, ela está sob monitoramento por tornozeleira eletrônica. No dia anterior ao 8 de janeiro, Iraci se juntou a um grupo de pessoas em um ônibus com destino a Brasília. No dia do protesto, ela estava na Praça dos Três Poderes e entrou no Palácio do Planalto. A defesa sustenta que ela fez isso em busca de abrigo das bombas de efeito moral lançadas pela polícia e que não cometeu vandalismo. Nos primeiros dias de sua detenção, Iraci precisou dividir uma cela pequena com mais de dez pessoas, enfrentando banhos frios e alimentação precária.

Iraci sofre de diversos problemas de saúde, incluindo transtornos psiquiátricos, diabetes, hipertireoidismo e dislipidemia. Após sua liberdade condicional, ela teve uma paralisia facial que necessitou de tratamento, agravando ainda mais sua já delicada situação.

Triste constatar que essa sentença proferida a ela, na verdade é uma condenação de prisão perpétua, devido à sua idade. O que está acontecendo no Brasil?

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