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quarta-feira, 12 novembro, 2025
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Reprovação de Lula supera aprovação e atinge pior índice do mandato, mostra pesquisa

Por Alexandre Gomes

Maioria dos brasileiros reprova o governo; desgaste cresce nas regiões Sudeste e Sul, e até o eleitorado feminino se distancia do petista

A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em terreno negativo pela primeira vez desde o início de seu terceiro mandato. Segundo pesquisa nacional da Futura Inteligência, realizada entre os dias 4 e 8 de novembro, 52,8% dos brasileiros desaprovam o governo, enquanto apenas 40,9% afirmam aprová-lo. Outros 6,3% não souberam ou preferiram não responder.

O levantamento ouviu 2 mil eleitores em todo o país, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e índice de confiança de 95%.

Os números confirmam uma tendência de desgaste acelerado do governo petista, que enfrenta dificuldades econômicas, escândalos envolvendo aliados e sucessivas crises de gestão. A avaliação positiva (“ótimo” ou “bom”) caiu para 30,5%, enquanto 44,9% classificam o governo como “ruim” ou “péssimo”. Outros 22,8% consideram a gestão apenas “regular”. É o pior resultado desde janeiro de 2023.

Desgaste se espalha pelo país

A rejeição a Lula é nacional, embora varie em intensidade. No Sudeste, região mais populosa e de maior peso econômico, 57,2% desaprovam o governo, contra apenas 36,3% que o aprovam. No Sul, a diferença é semelhante: 54,7% de desaprovação e 36,8% de aprovação.

O Nordeste continua sendo o principal reduto lulista, mas até ali o apoio já mostra sinais de erosão: 44,5% desaprovam, contra 49,6% que ainda aprovam o presidente.

Homens, jovens e evangélicos lideram a rejeição

Entre os homens, o índice de desaprovação é ainda mais elevado: 59,8%. Já entre as mulheres, 46,4% reprovam o governo, e 44,9% o aprovam — uma diferença que praticamente empata dentro da margem de erro.

O pior desempenho de Lula aparece entre jovens de 25 a 34 anos, faixa na qual 63,1% desaprovam a gestão. Já entre os eleitores com mais de 60 anos, há um respiro: 49,2% de aprovação.

A pesquisa mostra ainda um rompimento mais profundo com o eleitorado evangélico, tradicionalmente mais crítico ao PT: 65,2% dos evangélicos desaprovam o governo, contra 47,6% entre católicos.

Um governo distante das ruas

Os dados reforçam o distanciamento crescente entre o discurso do governo e a realidade da população. Enquanto o Palácio do Planalto insiste em narrativas triunfalistas sobre “retomada” e “reconstrução”, os brasileiros convivem com inflação de alimentos, aumento da violência e crise na saúde pública.

A popularidade que outrora sustentava o petismo nas urnas começa a dar lugar a um sentimento de frustração e cansaço — especialmente entre quem esperava mais eficiência, menos ideologia e maior compromisso com resultados concretos.

A nova fotografia política mostra que, longe das propagandas oficiais, o país real começa a cobrar do presidente aquilo que ele mais prometeu e menos entregou: liderança e coerência.

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