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quarta-feira, 3 julho, 2024
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Livre após acordo: Julian Assange chega à Austrália

Por Marina B.

A juíza norte-americana declarou nesta quarta-feira (26) que Julian Assange estava livre, após um acordo que encerrou uma longa saga jurídica e midiática do fundador do WikiLeaks. Assange voou imediatamente para Camberra, na Austrália, seu país natal.

“Com esta decisão, parece que você poderá sair deste tribunal como um homem livre”, disse a juíza Ramona V. Manglona, depois que Assange se declarou culpado no tribunal federal de Saipan, nas ilhas Marianas do Norte. No entanto, ele está proibido de regressar aos Estados Unidos sem autorização.

A audiência começou pouco depois das 9h no horário local (18h de Brasília) e Julian Assange, conforme acordado, se declarou culpado de uma acusação relacionada à obtenção e divulgação de informações sobre defesa nacional.

Vestido com terno preto e gravata ocre, o ex-cientista da computação de 52 anos está sendo processado por publicar centenas de milhares de documentos confidenciais americanos na década de 2010 pelo WikiLeaks. Ele foi acompanhado por Kevin Rudd, ex-primeiro-ministro australiano e atual embaixador em Washington.

“Eu encorajei minha fonte”, admitiu Julian Assange, cansado mas visivelmente relaxado, referindo-se à ex-analista militar americana Chelsea Manning, responsável pelo vazamento inicial.

Assange deixou o Reino Unido na segunda-feira, após cinco anos de prisão, para ser julgado no tribunal federal americano em Saipan, nas Ilhas Marianas, um território dos EUA no Pacífico, após aceitar um acordo de “confissão de culpa”. O tribunal foi escolhido devido à sua recusa em viajar para o continente americano e à proximidade com a Austrália.

Após o acordo, Assange foi processado por uma única acusação (“conspiração para obter e divulgar informações de defesa nacional”), segundo documentos judiciais.

Julian Assange voou para Camberra imediatamente após a audiência em um avião privado. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, elogiou o desfecho do caso e expressou preocupação com a saúde de Assange, destacando seu estado debilitado após anos de dificuldades.

As Nações Unidas saudaram a libertação, destacando as questões de direitos humanos levantadas pelo caso. A mãe de Assange, Christine Assange, expressou alívio pela provação de seu filho finalmente chegar ao fim, em comunicado divulgado pela mídia australiana.

O acordo põe fim a uma saga de quase 14 anos, justo quando a Justiça britânica se preparava para revisar um recurso de Assange contra sua extradição para os Estados Unidos, aprovada pelo governo britânico em junho de 2022.

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