Associação calcula que o preço nas refinarias da Petrobras deveria subir R$ 0,43 por litro para atingir paridade com o produto importado
Há quase 200 dias sem reajuste nas refinarias da Petrobras, o preço do diesel apresenta defasagem média de 13% em relação ao mercado internacional. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que o valor deveria subir R$ 0,43 por litro para alcançar a paridade com o produto importado.
Na média do mercado, a diferença é de 12%, considerando a Refinaria de Mataripe, na Bahia, que adota o Preço de Paridade de Importação. Mataripe atende 80% do mercado de combustíveis da Bahia e 42% do Nordeste.
Segundo relatório da Abicom divulgado nesta segunda-feira, 10, o diesel poderia subir R$ 0,23 por litro para atingir a paridade. O cálculo se baseia na cotação do petróleo a US$ 63 o barril na sexta-feira 7.
Diesel: Petrobras alega que mantém equilíbrio nos preços
O diretor de Logística, Comercialização e Mercado da Petrobras, Claudio Schlosser, afirmou que não conhece os parâmetros da Abicom. Ele também disse que não há “nem congelamento nem perda de rentabilidade” ao manter o diesel sem reajuste desde março.
Além disso, Schlosser alegou que a Petrobras evita repassar a volatilidade internacional aos preços internos. Segundo o diretor, a estatal mantém equilíbrio com o mercado e substituiu o PPI por uma estratégia comercial em maio de 2023 na qual “a empresa vai até o menor preço possível de venda e o cliente até o maior preço de compra que se dispõe a pagar”.
Gasolina segue estável
O preço da gasolina nas refinarias fechou a sexta-feira 7 em paridade com o mercado internacional. A Petrobras havia reduzido o valor de venda em R$ 0,14 por litro em 21 de outubro.
Entre 2 e 8 de novembro, o preço médio da gasolina ficou estável em R$ 6,17 por litro. O diesel, por outro lado, subiu 0,3%, e o gás de cozinha (GLP, botijão de 13 quilos) manteve-se praticamente estável, em R$ 110,31.