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sábado, 7 setembro, 2024
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Demissão do presidente da Petrobras gera instabilidade nos mercados

Por Marina B.

Na noite passada, o governo anunciou a saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, encerrando um longo período de tensões em torno do CEO da estatal. Em seu lugar, assume Magda Chambriard, ex-presidente da ANP durante a gestão Dilma Rousseff.

No entanto, os investidores não estão apenas preocupados com as credenciais da nova CEO da Petrobras. O que realmente os inquieta é a forte interferência política na empresa estatal. Sendo a União acionista controladora, sua influência nas decisões é considerável. E, sob a gestão do governo Lula, planejava-se acelerar os investimentos, inclusive em áreas que haviam falhado no passado, como estaleiros e refinarias.

Diante desse cenário, os investidores estão decidindo se continuam assistindo a esse filme, que parecem já ter visto antes. A reação do mercado financeiro à demissão de Prates foi imediata: as ações da Petrobras negociadas em Nova York caíram mais de 10% nesta manhã, refletindo uma debandada em resposta ao anúncio.

Espera-se, portanto, um dia bastante turbulento não apenas no Ibovespa, mas também nos mercados de câmbio e juros. A interferência na Petrobras tende a gerar uma reação em cadeia em outros mercados, não se limitando apenas às ações.

Além disso, há preocupações adicionais relacionadas ao colapso climático no Rio Grande do Sul, que continua avançando. Porto Alegre deve permanecer inundada por pelo menos mais um mês, com o aeroporto agora paralisado por tempo indeterminado.

Tudo isso em um dia em que os futuros das bolsas americanas permanecem estáveis, aguardando a divulgação da inflação oficial dos Estados Unidos em abril, medida pelo CPI, que será anunciada às 9h30.

Os investidores esperam que os preços tenham desacelerado para 3,4%, ante os 3,5% registrados nos 12 meses até março. Descontando os preços mais voláteis de alimentos e energia, a expectativa é de uma inflação de 3,6%, abaixo dos 3,8% computados até março. A resiliência da inflação pode adiar os cortes de juros pelo Fed, o que impacta diretamente o mercado financeiro.

Ontem, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou que não prevê um aumento de juros nos EUA, como alguns pessimistas temiam. Esse é um tema crucial para o desempenho do Ibovespa. No entanto, hoje, a Faria Lima terá que lidar com questões domésticas ainda mais complexas.

Agenda do Dia: 9h: Banco Central divulga o IBC-Br de março 9h: Roberto Campos Neto participa da Conferência Anual do BC 9h30: EUA divulgam o CPI de abril 9h30: EUA publicam as Vendas no Varejo de abril 9h35: Gabriel Galípolo participa de evento em NY 10h: Fazenda anuncia o Boletim Prisma Fiscal 10h35: Dario Durigan (Fazenda) fala em painel em NY 11h: Michael Barr (Fed) testemunha em audiência na Câmara dos EUA 11h30: EUA divulgam os estoques de petróleo do DoE 12h: Lula detalha medidas para pessoas físicas no RS 13h: Neel Kashkari (Fed/Minneapolis) participa de conferência nos EUA 14h30: Banco Central publica o fluxo cambial semanal 16h20: Michelle Bowman (Fed) discursa em evento nos EUA

Balanços: Após o fechamento: Equatorial, Fertilizantes Heringer, Gafisa, Light e Marfrig

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