A Confederação Israelita do Brasil (Conib) classificou como “desequilibrada” a postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o conflito entre Israel e o Hamas, que se intensificou na Faixa de Gaza. A crítica da Conib veio após o discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU, no qual o presidente brasileiro afirmou que os palestinos estão sendo submetidos a uma “punição coletiva” devido às ações do grupo terrorista Hamas, conforme reportado pelo Estadão.
Na nota da Conib, a entidade ressalta que o presidente demonstrou solidariedade às vítimas no Líbano e Gaza, mas ignorou as perdas israelenses, o que revela uma postura parcial. “O presidente mostra simpatia com vítimas do conflito em Gaza e no Líbano, mas ignora as vítimas de Israel”, aponta o texto, destacando que Lula “esquece que Israel está se defendendo” dos ataques iniciados por organizações terroristas.
Durante seu discurso, Lula reconheceu a presença da delegação palestina na ONU e criticou a escalada de violência na região. Ele destacou a crise humanitária em Gaza e na Cisjordânia, mencionando que mais de 40 mil mortes ocorreram, a maioria de mulheres e crianças. Para Lula, o conflito, que começou com ataques terroristas, agora resultou em uma punição coletiva ao povo palestino.
A Conib, no entanto, rebateu essa visão, apontando o alinhamento do governo brasileiro com o Irã, que é um dos principais apoiadores do Hamas e do Hezbollah. A entidade criticou essa aproximação diplomática e afirmou que o Brasil está perdendo prestígio internacional devido à guinada do governo Lula. “Infelizmente, o governo Lula parece querer adaptar a tradição de equilíbrio da política externa brasileira a essa sua guinada radical de aproximação com o Irã”, encerra a nota.
