Conforme a decisão, políticos terão permissão para utilizar as aeronaves caso sintam que serão alvo de xingamentos ou críticas nos aeroportos.
O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que as autoridades podem manter em sigilo, os detalhes de suas viagens em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB). A deliberação foi tomada na última terça-feira (30), de acordo com o pedido da deputada federal Bia Kicis (PL-RJ), para uma auditoria sobre a legalidade e a eficiência do uso dessas aeronaves por ministros e outras autoridades.
A medida abrange o vice-presidente da República, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, além dos ministros do Supremo Tribunal Federal e o procurador-geral da República.
Marina Atoji, diretora de programas da ONG Transparência Brasil, criticou a decisão do TCU, argumentando que ela prejudica a intenção original da solicitação de Bia Kicis, que era promover transparência e fiscalização sobre o uso das aeronaves.
“O argumento de que a divulgação das informações compromete a segurança dessas autoridades não é totalmente preciso”, afirmou Marina Atoji ao Poder360. “É verdade que a divulgação antecipada pode representar um risco. No entanto, após a viagem, esse risco de segurança não existe mais. No máximo, o sigilo poderia ser justificado antes do voo, mas depois disso, essa classificação deveria ser revogada.”
Segundo o despacho do TCU, as autoridades terão que justificar os motivos de segurança ao solicitar um voo da FAB. Essa explicação seria suficiente para garantir o sigilo. Conforme relatado pelo Poder360, as autoridades terão acesso a esse benefício caso afirmem que “podem ser repreendidas ao transitar por aeroportos”. De acordo com o site, “ser alvo de xingamentos ou críticas passa a ser considerado um risco à segurança das autoridades de alto escalão”.
Devido à “alta polarização política do país”, todas as autoridades de alto escalão poderão viajar em jatinhos da FAB sem que a identidade do usuário seja divulgada. As informações só serão reveladas após cinco anos de cada utilização da aeronave.
Essa nova interpretação permite que as viagens realizadas por autoridades em jatinhos da FAB permaneçam em sigilo por até cinco anos. A decisão, aprovada por unanimidade pelos ministros do TCU, reflete o desejo de manter privadas as informações sobre essas viagens, apesar da crescente demanda por mais transparência e uma fiscalização efetiva sobre o uso de recursos públicos.
Conclusão:
Todas as viagens dessas autoridades serão realizadas nos jatinhos da FAB, uma vez que , cada vez mais, aumenta a rejeição do povo.
Isso deveria servir de reflexão para os mesmos. Se uma figura pública é mal vista por todos, significa que o problema não está no “todos” e sim nas ações dos próprios, que consequentemente causa os xingamentos e vexames que essas autoridades vem passando. E isso está longe de ser uma questão de segurança. Alguém chama-los de idiotas, de vergonha para o Brasil, alguém fazendo cara feia, nem de longe pode ser visto como uma agressão, que dirá ter a segurança ameaçada. Esconder-se dentro de um jatinho, para não ter que encarrar a população dentro do saguão de um aeroporto, dentro de um voo comercial, não os livrará de críticas. Em tese, a vida deles não se resume só ao gabinete e um jatinho. Andar pelas ruas, ir a restaurantes, lojas, frequentar um clube, transitar por dentro dos condomínios, hospedar em hotéis…, aqui ou no exterior, faz parte do “viver”. O repúdio vem crescendo e essa determinação só fará aumentar. Se já estava difícil encarar o povo, como eles enfrentarão a realidade do cotidiano no dia-a-dia? Eles estarão dispostos, por defenderem ideias erradas das que a população deseja, deixar de “viver”? Até quando o conforto de suas residências e gabinetes, será suficiente? Fica a reflexão.