A Argentina intensifica medidas de segurança em fronteiras e locais judaicos diante de possíveis ameaças de terrorismo por parte do Irã. O governo argentino estabeleceu um Comitê de Crise para elevar a segurança nas fronteiras e aumentar a vigilância em alvos judaicos.
A atenção especial está voltada para a fronteira com o Brasil, principalmente em Foz do Iguaçu. As autoridades argentinas reforçaram a segurança nas fronteiras, especialmente com a Bolívia e na região da Tríplice Fronteira, envolvendo Brasil e Paraguai, conforme confirmado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich.
Há preocupações sobre a presença de células adormecidas do Hezbollah em Foz do Iguaçu, do lado brasileiro, e em Ciudad del Este, no lado paraguaio, que poderiam ser ativadas por ordem do Irã.
Embora o alerta sobre possíveis alvos judaicos permaneça, foi modulado. A postura cautelosa da Argentina frente a possíveis atentados está ligada à escalada de tensões entre o Irã e Israel, país aliado do presidente argentino, Javier Milei, defensor do direito de autodefesa de Israel.
Além disso, na semana passada, a Justiça argentina classificou o Irã como Estado terrorista por crimes de lesa humanidade, responsabilizando-o pelos atentados de 1992 e 1994 em Buenos Aires, cuja execução foi atribuída ao Hezbollah. Essa declaração possibilita que autoridades iranianas sejam julgadas em tribunais internacionais.