O dólar registrou seu terceiro dia consecutivo de valorização, atingindo o patamar de R$ 5,10 nesta sexta-feira (12), renovando seu maior valor desde outubro do ano passado. A alta de 0,61% foi impulsionada pelos dados recentes de inflação nos Estados Unidos, que diminuíram as expectativas de uma queda nas taxas de juros no país ainda neste semestre.
A perspectiva de taxas de juros mais altas nos EUA atrai investidores para a renda fixa americana, levando a uma valorização do dólar e penalizando mercados de maior risco, como o brasileiro. Esse movimento reflete-se não apenas no mercado cambial, mas também na Bolsa brasileira, que sofreu pressão, especialmente no setor financeiro, após balanços corporativos fracos do setor bancário americano.
Além disso, no cenário doméstico, a decisão de um juiz federal de São Paulo de suspender o presidente do conselho de administração da Petrobras gerou impacto negativo nas ações da empresa, descolando-se da alta do petróleo no mercado internacional e exercendo pressão adicional sobre o Ibovespa.
As incertezas sobre as taxas de juros nos EUA e os dados recentes de atividade econômica no Brasil alimentam debates sobre uma possível elevação da taxa básica de juros brasileira, o que pode resultar em pressões adicionais sobre o dólar. Esses eventos contribuem para uma perspectiva de um dólar mais forte nos próximos dias, refletindo-se no desempenho do mercado financeiro brasileiro.