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sábado, 30 novembro, 2024
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Lula sob pressão: Momento crítico para a Petrobras

Por Marina B.


De acordo com fontes próximas ao presidente, espera-se que ele ouça o ministro da Fazenda, pese os prós e contras, e só então decida sobre o futuro do presidente da estatal, Jean Paul Prates.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu adiar a resolução da crise na Petrobras devido ao desconforto causado pelos vazamentos para a imprensa, conforme fontes informaram à CNN.

Lula, já incomodado desde a semana passada, cancelou repentinamente uma reunião agendada para domingo à noite, após os detalhes serem divulgados pela imprensa.

Agora, todas as atenções se voltam para a reunião prevista para segunda-feira às 18 horas, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

De acordo com aliados de Lula, espera-se que ele ouça as opiniões do ministro de forma confidencial antes de decidir os próximos passos da crise.

Haddad tem apoiado discretamente o presidente da estatal, Jean Paul Prates, que entrou em conflito com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Não há planos, por enquanto, para uma nova conversa com Silveira, que originalmente estava convidado para a reunião de domingo.

Outro participante inicialmente previsto na reunião cancelada, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se encontrará hoje com o presidente, mas em uma agenda conjunta com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que está preparando anúncios de medidas para melhorar as relações com os movimentos de terra.

O novo episódio da crise na Petrobras se desenrolou após uma série de notícias que destacaram os conflitos entre Prates e Silveira na mídia.

A situação ganhou destaque após uma entrevista do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao jornal Folha de S. Paulo, na qual ele expôs os atritos com Prates.

Posteriormente, surgiu a informação de que Prates planejava solicitar uma reunião para obter apoio do presidente, o que, segundo interlocutores de Lula, pareceu uma tentativa do executivo de “convocar” o presidente.

Para complicar ainda mais, veio à tona a informação de que o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, foi sondado para o cargo e teria comunicado a Prates sobre sua possível nomeação.

“Se fosse na época da Dilma, o Mercadante teria sido desconvidado naquele exato momento”, brincou um amigo de Lula consultado pelo blog.

A ex-presidente Dilma Rousseff era conhecida por sua intolerância a vazamentos na imprensa e chegou a retirar convites por causa disso.

Aliados de Lula entrevistados pelo blog não excluem totalmente uma decisão rápida de substituir o comando na Petrobras, dependendo da evolução da crise. No entanto, um petista próximo a Lula acredita que o cenário mais provável é evitar decisões precipitadas.

Como relatado pelo blog na semana passada, fontes próximas ao presidente consideram mais provável que ele evite demitir Prates “no calor do momento”. No entanto, qualquer evento novo poderia precipitar uma decisão.

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